Noé: O Justo na Era do Dilúvio
PERSONAGENS
Noé pregou e anunciou o dilúvio por 120 anos e mesmo assim, somente ele e sua família entraram na arca.
“Porém Noé achou graça diante do SENHOR. Eis a história de Noé. Noé era homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos; Noé andava com Deus.”
Gênesis 6:8-9
Noé protagonizou uma história muito importante relatada na bíblia, conhecido como o homem escolhido por Deus para preservar a humanidade e a criação durante o dilúvio. Sua história, narrada em Gênesis 6 a 9, destaca sua fé, obediência e papel central no cumprimento do plano divino. Noé era descendente direto de Adão, da linhagem de Sete, filho de Lameque e neto de Matusalém. Lameque deu-lhe o nome Noé, que significa "descanso" ou "alívio", expressando a esperança de que ele traria alívio para o sofrimento causado pela maldição da terra (Gênesis 5:28-29). Ele teve três filhos: Sem, Cam e Jafé, que o ajudariam em sua missão.
Noé viveu em um tempo em que a humanidade havia se tornado extremamente corrupta. A violência e a maldade dominavam a terra, e Deus decidiu trazer um juízo universal na forma de um dilúvio, mas escolheu Noé para ser o instrumento de preservação da criação (Gênesis 6:5-8). Noé é descrito como um "homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos" e alguém que "andava com Deus" (Gênesis 6:9). Por isso, Deus instruiu Noé a construir uma grande arca de madeira de cipreste, com dimensões precisas e compartimentos para abrigar sua família e os animais (Gênesis 6:14-16).
A arca tinha 300 côvados de comprimento, 50 de largura e 30 de altura, o que corresponde a aproximadamente 135 metros de comprimento, 22,5 metros de largura e 13,5 metros de altura. Além disso, Deus ordenou que ele reunisse um casal de cada espécie animal, junto com provisões suficientes para a sobrevivência de todos durante o dilúvio (Gênesis 6:19-21).
Quando Noé tinha 600 anos, as águas do dilúvio cobriram a terra. A chuva durou 40 dias e 40 noites, mas as águas prevaleceram por 150 dias (Gênesis 7:11-12, 24). Durante esse período, a arca flutuou sobre as águas, preservando Noé, sua família e os animais. Após o dilúvio, as águas começaram a baixar, e a arca repousou sobre as montanhas de Ararate (Gênesis 8:4). Noé enviou um corvo e depois uma pomba para verificar se as águas haviam secado. Quando a pomba retornou com um ramo de oliveira, Noé soube que a terra estava seca (Gênesis 8:6-12). Após o dilúvio, Noé construiu um altar e ofereceu sacrifícios a Deus, que aceitou a oferta e prometeu nunca mais destruir a terra com um dilúvio (Gênesis 8:20-21). Deus estabeleceu uma aliança com Noé, simbolizada pelo arco-íris, garantindo a continuidade da vida na terra (Gênesis 9:12-17).
Noé viveu 950 anos, sendo um dos últimos homens antediluvianos de longevidade extraordinária (Gênesis 9:28-29). Noé é lembrado como um exemplo de fé e obediência. Sua história é mencionada no Novo Testamento como um símbolo da salvação e do juízo divino (Hebreus 11:7, 2 Pedro 2:5). Ele é também considerado um ancestral de toda a humanidade, através de seus filhos Sem, Cam e Jafé.